Na sessão ordinária desta quinta-feira, dia 09 de junho, os assuntos em plenária com destaque foram a operação do 30° Batalhão de Polícia Militar que apreendeu grande quantidade de crack em Teresópolis, chamando atenção para a infestação dessa droga no município; e os problemas estruturais causados pela realocação das crianças da Creche Começando a Viver, que atende crianças das comunidades da Granja Guarani, Pedreira e Ilha do Caxangá.
Em caráter emergencial, o executivo alocou as crianças em espaço anexo à Igreja Santo Antônio, mas ainda não apresentou ações para sanar, definitivamente, o déficit de espaço.
Epidemia do crack em debate
O vereador Rangel colocou em pauta a apreensão feita pelo 30º BPM, no bairro do Perpétuo: “Quero hoje, parabenizar a Polícia Militar que fez uma apreensão de cerca de 2200 pedras de crack na comunidade do Perpétuo. É uma droga que está infestando a nossa cidade. É só a gente acompanhar pelas grande mídias que os grandes centros urbanos como Rio de Janeiro e São Paulo têm crackolândias, inclusive, o que a gente vê nem são pessoas mais, são verdadeiros zumbis, e o Setor de Inteligência trabalhou de forma eficiente para coibir a entrada desse tipo de material aqui em nossa cidade”.
O vereador continuou levantando o ponto de que o combate às práticas criminosas esbarra com a burocracia. “Hoje a situação é que o policial prende o criminoso, mas não sabe se quando chegar na DP a ocorrência vai ser registrada. Nesse caso, o delegado titular recebeu a ocorrência, o trâmite seguiu nos seus conformes, mas nem sempre é assim. Ou seja, tem que escolher o dia que vai prender esses caras para saber se eles vão seguir presos. Nós, eu e Maurício, enquanto agentes da segurança pública temos mesmo é que cobrar. Segurança pública não se faz com confronto, mas com inteligência e pessoas que estejam realmente interessadas em fazer acontecer”.
Maurício Lopes também acrescentou ao debate: “Pegando o gancho do que Rangel falou, eu vou um pouco mais além: não se trata apenas da questão da segurança pública, que já é muito grave, mas isso mostra que nossa juventude está ficando doente. É, sim, um caso de saúde pública. Já viram a quantidade de material entorpecente que nossos policiais estão apreendendo todos os dias? Crack é fulminante, acaba com a vida de qualquer pessoa, é só passar pela Avenida Brasil e ver os montes de zumbis que lá estão. Esse processo de entrada desse tipo de material não avançou muito durante um tempo, pois tínhamos servidores da Polícia Civil, Militar e Ministério Público altamente comprometidos com a segurança pública da nossa cidade”.
Erika Marra comentou sobre operação da Guarda Municipal: “Nesse mesmo gancho, queria parabenizar a Guarda Municipal pela ação feita para coibir motos barulhentas que resultou na apreensão de 40 veículos irregulares. Não tenho nada contra motos, mas o que eles fazem em nossa cidade, a algazarra, é impraticável”.
Falta de estrutura de creches
Gustavo Simas comentou sobre a situação das creches municipais: “Estive na Escola Pernalonga e a diretora de lá simplesmente saiu do cargo pelas condições que a escola está. Tudo caindo aos pedaços, uma bagunça, por conta da falta de apoio do poder público. Estou dando ciência a essa Casa sobre a situação e vou protocolar uma moção pedindo ajuda para aquele espaço que atende tantas pessoas”.
Simas comentou também sobre a falta de estrutura das crianças da Creche Começando a Viver: “Além disso, a Creche Começando a Viver, na Granja Guarani, cujas mães vieram aqui, também precisa ser vista. As crianças estão na sede da igreja, ali no Alto. As condições lá são paliativas, mas eu não estou vendo o poder público se envolver para resolver a situação. A compra da casa que seria feita, parou. O outro imóvel que seria visto, também não foi para frente. Onde eles estão hoje não tem a menor condição: tem muitos lances de escada, eles estão dividindo o espaço com o Posto de Saúde e, inclusive, uma mãe já caiu da escada, por sorte não estava com uma criança no colo”.
Fidel Faria também entrou no debate para comentar que é necessária uma intervenção dos órgãos competentes: “Também estive no espaço e realmente é algo improvisado. São 50 degraus com um vão de escada de uns 50 cm que as mães precisam subir e descer e as crianças também. A despensa fica dentro de um banheiro e eu vi isso. E tenho um relatório pronto e pretendo encaminhar para o MP do Estado para ver se isso se resolve de alguma forma”.
Erika Marra interveio comentando que a solução adotada não partiu da Casa Legislativa: “Eu também estou em cima da Secretária, estou tentando resolver da melhor forma, mas, não podemos deixar de falar uma coisa aqui: Tivemos uma reunião com a secretária Satiele, com o procurador, Rangel, Simas, Elias Maia para que acontecesse uma solução. E, para minha surpresa, foi resolvida outra coisa, que não passou por essa Casa que abraçou as mães, e com todas essas coisas que estão sendo apresentadas aqui como problemas, tudo foi de acordo com as mães. Entendemos que tudo foi feito na ânsia de alocar seus filhos em um novo espaço, que elas precisam trabalhar e tudo mais que já conhecemos, mas agora estamos de mãos atadas. Contudo, vamos tentar achar alguma solução para melhorar a situação”.
Sessões Plenárias – Toda terça e quinta-feira, às 19h, com transmissões ao vivo pela TV Câmara, através do YouTube e Facebook oficiais da Câmara Municipal de Teresópolis.